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Segredos Obscuros para Edição de Vídeo
Autoração em DVD
Atualização 24.01.2005 23:21

A preparação de um DVD usa praticamente os mesmos programas do SVCD, com um detalhe: aqui você deve criar a estrutura de menus do disco. Este processo é chamado de Autoração (Authoring).

Antes disso, veremos aqui as formas mais práticas de chegar a este processo. Digo isso pois vários leitores procuram somente esta parte de conversão, sem se preocupar com edição ou captura. Outro fato é que você não precisará de programas mirabolantes para fazer somente uma conversão. De cara vamos identificar a origem do vídeo:

Convertendo vídeo analógico para DVD

Aqui o processo é o mesmo da captura, envolvendo placas de captura de sinais de vídeo ou TV, com uma possível necessidade de uma edição básica, para corrigir cores, áudio, etc.

Um conselho seria deixar de lado a captura direta para MPEG2 (se por acaso sua placa tenha este recurso), exceto se você é um feliz possuidor de uma placa industrial "Master Supreme XX Megatron", com encoder por hardware animal, etc. Caso contrário, você pode conseguir melhores resultados com a codificação via software, usando variable bitrate, e várias passadas. Além do mais, você pode ajustar o bitrate para caber exatamente na capacidade do disco, sem desperdiçar espaço ou ter um vídeo que não cabe no disco. A desvantagem é o tempo extra de processamento, se você está com pressa, use a codificação "real time" do hardware no momento da captura.

Convertendo vídeo digital para DVD

Aqui temos duas hipóteses: você estar capturando vídeo em DV, ou convertendo vídeos em AVI (seja DivX, Xvid, não importa).

Vídeos em DV
Neste caso temos o vídeo na melhor condição possível, inclusive na resolução exata do DVD (720x480 em NTSC). O processamento será facilitado e a qualidade do MPEG2 será superior.

Vídeos em DivX, Xvid e outros codecs
Aqui os vídeos encontram-se comprimidos em codecs com perdas. Teremos vídeos em resoluções diversas, como destinados a web (160x120) até vídeos capturados de HDTV.

Será necessário o redimensioamento dos vídeos, tomando cuidado com a razão de aspecto. Em geral os vídeos em AVI possuem razão de aspecto 1:1, mas o DVD não. Lembrando que o DVD NTSC possui uma resolução de 720x480, mas que é alterado para uma razão de 4:3 (TV) ou 16:9 (widescreen). Aplicativos como o Adobe Premiere e Sony Vegas já levam em conta a razão de aspecto, fazendo as correções necessárias. Outros programas pode ser necessário o ajuste manual.

Porém, ao contrário do DV, os vídeos em DivX ou Xvid possuem perdas, que às vezes podem ser consideráveis. E não há como reconstruir o que foi perdido, no máximo existem filtros que melhoram a imagem em termos gerais. Um vídeo comprimido somente será reconstituído com um trabalho artesanal em cada quadro.

Copiando DVDs inteiros

OLHA AÍ: não quero saber se você usará estes ensinamentos para fazer pirataria, estou partindo do princípio que você está copiando vídeos pessoais, ou de pessoas que permitiram realizar a cópia. Depois não vem chorando pro meu lado...

Para se copiar um DVD, é necessário extraí-lo, também chamado de ripping (ou ripar). Desta forma, toda a estrutura do DVD é preservada e escrita no HD na forma de diretórios. Alguns rippers conseguem quebrar os bloqueios contra cópia (Macrovision), não preciso dizer que isso não é permitido por lei... outro fato é que os drives também são bloqueados por área (sendo por exemplo EUA área 1, Brasil área 4, Europa área 2). Por final temos ainda o sistema de vídeo, podendo ser NTSC ou PAL, mas a princípio o sistema é indiferente, pois iremos reproduzir o vídeo no computador.

Porém, o problema mais comum é a incompatibilidade no tamanho entre os DVDs comerciais e DVD-R. Atualmente as mídias DVD-R ou +R são de 4.7 Gb, e os DVD comerciais em geral são de 8.4 Gb, e obviamente são discos "lotados", ocupando todo o espaço que lhe é de direito. Então para copia-lo, é necessário recompactar o vídeo ou descartar partes do DVD original.

Às vezes dá certo em "limar" o DVD original, tirando todos os extras, mas quase sempre cairemos na recompactação. Aqui teremos uma pequena perda, pouco perceptível (cairemos de um vídeo com bitrate de 7 a 8 mpbs para um vídeo de 4 a 5 mpbs, o que ainda é uma ótima qualidade).

Copiando trechos de um ou mais DVDs e criando uma compilação

Aqui não irá bastar extrair o DVD e gravar de novo. Teremos que desmontar a estrutura e extrair o trecho desejado. O programa feito para isso é o DVD2AVI. Aqui faremos um arquivo temporário, com um codec sem perdas (por exemplo Huffyuv ou DV) que podemos editá-lo normalmente no VirtualDub ou Adobe Premiere, por exemplo.

Podemos usar também uma configuração de frameserver, que consiste em enviar os dados diretamente para o programa da segunda etapa (o MPEG encoder), mas a configuração deste processo é mais complicado, e fica para um próximo tutorial.

Atenção! Neste caso costuma-se ocorrer a inversão de quadros dos vídeos (devido à diferença entre os padrões do DV e do MPEG2). Faça um teste com um vídeo pequeno, um trecho do vídeo originado do DVD: se os quadros estiverem esquisitos (algo como a ação parece que vai e volta) os quadros estão invertidos. Procure inverter os quadros antes da conversão (por exemplo, no Adobe Premiere use a opção "Reverse Field Dominance").

Programas utilizados:
MPEG2 Encoder - como os usados para codificação de vídeo para SVCD
DVD Authoring - por exemplo:
- Adobe Encore DVD
- Sony Architect
- Sonic Scenarist
Ahead Nero - no qual é capaz de gravar um DVD de vídeo a partir da autoração.

Otimizando a qualidade nos vídeos
Nas produções profissionais, existem codificadores pesados para converter os vídeos para MPEG-2. Nisso é feito um processamento com várias passadas, como se fizesse uma analogia a um polimento de um objeto.

Em casa, podemos não ter grandes computadores, mas cada vez mais pode-se melhorar a qualidade da codificação. Nos melhores encoders temos algumas opções que melhoram o resultado final:
- Video na mesma resolução em que será passado para MPEG, com um codec confiável, e uma imagem limpa. Qualquer ruído, seja do codec, seja da gravação, irá dificultar a compressão do MPEG.
- Usar o Variable Bitrate (VBR), com duas passadas (2-pass). Alguns encoders, como o CinemaCraft, permitem até 9 passadas.
- Usar o motion search no máximo.

Use também o maior bitrate possível - leve em conta o tamanho que será usado no disco, e tente chegar o mais próximo possível dele. Em codificação em 2 passadas (2-pass VBR encoding) o tamanho do arquivo sofre variações (claro, como diz o nome, variable bitrate), tente calcular pelo bitrate médio.

Sempre faça testes com um vídeo pequeno, que tenha alguma cena com muito movimento, ou com um baixo contraste, ou um lado bem escuro, ou com baixa saturação, ou melhor, uma combinação disto tudo. Assim você consegue avaliar se o encoder é bom, e se vale a pena.

 

Autoração

O que se define na autoração?
- Estrutura de menus,
- Faixas de áudio,
- Multi-ângulos (simplesmente são faixas de vídeo sincronizadas, que normalmente mostram o mesmo objetivo de ângulos diferentes),
- Legendas (que não se limitam a textos, pois são aplicadas como imagens sobre o vídeo),
- Imagens (como um show de slides),
- Extras em uma faixa de DVD-ROM ,
- Lógica de programação, podendo-se criar jogos simples.

Cada um destes objetos são definidos em programas distintos (imagens no Photoshop, etc), o que o programa de autoração irá fazer é juntar tudo isso, fazendo uma certa programação. Aqui você definirá a ação dos botões dos menus, como será a navegação (no qual todo aparelho de DVD tem setas para navegar entre os botões) e assim criar toda a interatividade, fazendo com que todo o conteúdo seja acessível.

Os menus podem ser animados, como por exemplo cada botão conter um trecho do vídeo que será acessado. Os vídeos também podem conter capítulos, no qual o usuário pode dar saltos. Esta marcação de capítulos também é feita na fase de autoração, no qual você irá acessar uma timeline simplificada, no qual poderá visualizar e marcar com precisão.

Mídias para DVD
Como se fosse uma pura falta do que fazer, criaram-se três tipos de mídias para gravação de DVD caseiro/ semi-profissional:

- DVD-R e DVD-RW - atualmente é a mídia mais barata, pode ser usada para gravar DVDs de dados e de vídeo.
- DVD+R e DVD+RW - um pouco mais cara, e como o DVD-R também pode ser usado para gravar DVDs de dados e vídeo. Cuidado! O logotipo é um "RW", tanto para o DVD+R quanto para o DVD+RW. Você pode estar comprando um DVD+R pensando que é DVD+RW, fique atento.
- DVD-RAM - mais raro, em conseqüência mais caro, usado somente para DVDs de dados.

A tendência atual é de todos os gravadores de DVD aceitarem os três formatos, além dos players de mesa aceitarem os dois primeiros. Como saber se o meu player aceita a mídia? Só testando... ou acessar páginas que discutem testes de mídias. Uma página ótima é a da VideoHelp, com um banco de dados extenso, cruzando informações de mídias, gravadores e players.

 

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